No campo do Espraiadinho Uma cruz foi afincada Onde morreu Ferreirinha Naquela triste jornada
Duas esporas chilena Nessa cruz foi pendurada Foi com elas que o vaqueiro Morreu naquela empreitada
Eu me lembro como hoje Num rodeio em Rancharia Ferreirinha foi o dono Do rodeio nesse dia
Foi tratado pra montar No lombo de uma novilha A danada corcoveava E a poeira suspendia
Depois de poucos minutos Lá no centro da mangueira Vi a novilha deitada Entre nuvens de poeira
Ferreirinha amarrava As suas patas traseiras Depois arrastou a fera Até no pé da porteira
Logo vi em alto brado No meio da multidão Quero ver esse mocinho Montar no meu redomão
Dou minha espora de prata Mais um cheque de milhão Se fizerem o meu mestiço Rolar na poeira do chão
Senti uma coisa estranha Ao ouvir essa proposta Meu amigo Ferreirinha Disse sim como resposta
Foi um duelo difícil Como a plateia gosta No prazo de dois minutos O burrão caiu de costa
Recebeu seu par de espora E um cheque assinadinho Veio muito sorridente A cantar pelo caminho
Nós morava nesse tempo Na cidade de Pardinho As esporas até hoje Está lá no Espraiadinho
Compositores: Joao do Amaral Campos (Joao Amaral) (SICAM), Joel Antunes Leme (Pedro Bento) (SOCINPRO)Editor: Twistar Music Comercial Eireli (ABRAMUS)Publicado em 2005 (23/Mar) e lançado em 2001 (10/Jun)ECAD verificado obra #7935473 e fonograma #1030809 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM