Junto à casinha no estradão que um dia Um boiadeiro preso ali ficou Pelos carinhos da mulher amada E o seu berrante nunca mais tocou
Lá encontrei uma mulher sozinha Quis saber dela o que se passou Mandou sentar-me para ouvir seu drama Do companheiro assim me falou
Ele morreu e prosseguiu viagem Na estrada longa que ao céu conduz Hoje as estrelas são sua boiada No azul dos campos de infinita luz
Ainda hoje veja da janela Lá no estradão boiadas a passar Como a boiada longa dos meus anos Dentro de mim a passo a caminhar
Amigos seus às vezes me perguntam Por onde anda o velho boiadeiro A todos digo, ouça o som do vento Que traz do além a voz do berranteiro
Aqui estou, meus velhos companheiros Olhem pra cima pra me ver passando Em meu cavalo raio de luar Pelo estradão de estrelas galopando
O meu berrante hoje são trombetas Que os anjos tocam chamando a boiada De nuvens brancas no sertão do espaço Vindo ao curral azul da madrugada
Compositores: Joao Doracio (Carlos Cesar) (SICAM), Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 2006 (06/Abr) e lançado em 2000 (10/Jul)ECAD verificado obra #25984 e fonograma #1030749 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM