Aquela casa de paredes barreada Lá na beira da estrada, já não tem morador Há quanto tempo ela esta abandonada Uma tapera largada, poucos sabem o seu valor
Sabe seu moço, quem morava dentro dela Levando a vida singela, era um roceiro feliz Saindo cedo pros caminhos do roçado Hoje conto seu passado, assim o destino quis...
Faz muito tempo o dia certo eu não me lembro Mas foi num mês de setembro, em uma tarde de sol A codorninha piava lá na paiada E a poeira avermelhada rodava em caracol
Lá na baixada as batidas da porteira Na estrada boiadeira ecoava o chapadão E aquele moço começava uma viagem Levando fé e coragem em cima de um caminhão
Trocando a vida do sertão por uma cidade Obrigando a vontade o matuto despediu Deixou no rancho seus costumes de caboclo Pensando ter muito pouco naquela beira de rio
Tem certas coisas que se passa com a gente Quando muda de repente na sorte que Deus nos deu Sabe seu moço, esse mundo é uma escola A enxada é uma viola e o roceiro sou eu
Compositores: Claudio Balestro (Clauco) (UBC), Ranulfo Ramiro da Silva (Xavantinho) (ABRAMUS)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 1990 (29/Ago) e lançado em 1990 (01/Set)ECAD verificado obra #422 e fonograma #859257 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM