Tenho frio e pouco ou nada consigo lutar, Não vejo o sol e a lua já não aparece no ar. Os olhos já não vêm o bem nem o mal, Pergunto se o mundo que está anormal? Afastei-me das pessoas que eu adorava, Perdia porque sem querer as magoava. Já foi hà muito tempo que isto se passou, Mas parece ontem, o que me assustou. Serei eu que estou distante ou não, Empurrei-me e a mim não dou a mão. Está tudo diferente será um sonho? Ou será a pura realidade num mundo medonho? A vida são só dois pequenos dias incertos, Um vives à vontade outro já te sentes velho. Mas é assim, tudo o que nasce tem que morrer, E para sabermos tudo primeiro temos que viver. Tentar continuar quando o caminho é restrito? Lutar por algo que está acabado, é fudido. Até um beco já tem segredos na vida nocturna, Nem que seja uma notícia, a parede é burra. Não sabe nada como eu mas sabe tudo com alguém, Vive parada no mundo onde o amor é refém. Não há portas que possa entrar neste mundo, Já está tudo gasto para a mente de um miúdo. Somos julgados pela diferença do quotidiano, Agora até pecar é fazer um ser humano. Não percebo como as coisas se modificaram, Só percebo as palavras que não se ditaram. Porque ficaram escritas no papel já gasto, Agora só as lembranças é que me dão o rasto. Atitudes que tomei para continuar nesta vida, Num canto alojado sem qualquer saída. É pior que a droga, esta é a minha prisão mental, Sou tratado pelos outros como um animal. As lágrimas não caiem pois nada resolvem, E num corpo apodrecido os olhares se envolvem. Não tenho nada que me prenda aqui neste mundo, Mudam de leis como a estupidez de um miúdo. O casal perfeito, a gaja toda grossa, E os que morrem à nossa frente? Não conta? Sou mendigo de um mundo de ricos, Todos me tratam como rabiscos. Deitam-me fora quando já não precisam, A minha cabeça já não pensa em vão. Virá o dia que está escrito nos meus cadernos? Aquele dia que os sentimentos serão externos? Precisamos de amar em segredo, senão somos loucos, Tratam-nos como cães e como estúpidos.