A primavera é fascista O inverno é soviético Se você entendeu inferno Talvez facada seja seu remédio
Parabéns a todos, votaram dezessete Não tenho palavras para celebrar Realmente não tenho palavras O soldado não deixa eu respirar
O que não faltaram foram indícios Desde noventa e cinco, Renato Russo Obrigado seu Paulo Guedes Dormiu em todas as aulas do curso
Governo da aula em concurso De cortina de fumaça Lei não prende quem rouba e mata Seus records entraram pro livro, se ofenda de graça
Record em desmatamento, preço do arroz Dólar e fuga da Ford Isso tudo com uma decisão Quatro coelho e um tridente, não fode
Queria que sonhos fossem reais Quando eu sonhei com certo homem morto "Não sou coveiro", "não sou messias" Eu ia falar isso o dia todo
Três bilhões em emendas Mais de trezentos cargos pro centrão Troca em privilégio pros parentes Deixaram o Inep na mão dos alemão
Seu ministro do meio ambiente É o maior sócio do agro negócio Caralho, eu tô tendo um troço Precisaria da faixa do Pac pra falar seu genotroço
Vinte e quatro mentira em discurso da Onu "Vacina tá cara, eu não vejo pressa" Mais de quinze novos bilionários Mais cem milhões com fome, a hora é essa
Aumentou privilégio, fudeu a economia Seu único senso é o comum Pra matar mais rápido, vai de cloroquina Na casa dos votante é só o "resta um"
Mano, cês tão sem visão Escolheram barrabás, disseram "messias" Cortina de fumaça feita Pelo pantanal queimando vários dias
Vai ser tudo pelo gado Em todos os sentidos Cês tão pagando caro Em todos os sentidos
Pai me afasta esse cálice Porque eu sou poeta, se não tô fudido Esse governo da grande família Vivendo a base só de nepotismo
Ivermectina pra parasita Coronavírus, então só se afasta Que se entra nesse laranjal Nessa política, cês tão em casa
Tipo rachadinha, tua cara quebrada Gritei, avisei, mas agora não basta Tem doença e também sistema Que leva criança dentro de casa
Tipo KK, Ninguém deu risada desses trezentos Ou tu esqueceu Qual violência te indigna Fogo nos racista ou a morte de um plebeu
Avisa aquele liberal Tem mais motivo pra estar preocupado Antes a sua vidraça quebrada Que um irmão meu no chão baleado
Sua simbologia de supremacia Já tá sabendo de onde enfiar Engoliram mentiras Cês tão com azia
Corre pro Sus pra poder se tratar Entre a elite e nós, ta na cara quem morre primeiro Se privatizar nossa saúde Eles só pensam "não sou coveiro"
Compositores: Paulo Mauricio Salvador dos Santos (Ps Raio Negro), Fernando da Silva Matos (Korira) ECAD: Obra #32345984 Fonograma #30054661