PS Raio Negro
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Flow Douglas Costa

PS Raio Negro

EP Pingo de Gelo em Agas Ferventes


Eu me tornei o ser que eu queria ser
Um preto presente, mano, antirracista pra valer
E pode crer
Que eu mando sem perceber
Queria fazer uma diss pra mim, acabou saindo pra você
E eu Estou calmo tipo monge tibetano
Sou tão pika que eu te mato tocando
Flauta Soprano
A noite é uma criança e só acaba de manhã
Fazer Have ouvindo Martinho da Vila e Djavan
Ando olhando pra tudo sem pensar em nada
Ou melhor, olhando pro nada e pensando em tudo
Eles se chamam bucha dos trapaça
E pior, vou juntar o bonde dos beiçudo
Estou fazendo história tipo Martin Scorsese
Torço pra pegar ela antes que eles me peguem
Tá com problema? vai lá, convoca a Peggy
Estou fazendo tanto som, que agora eu estou vendendo semibreve
Minima é dois, qualquer coisa paga depois
E a colcheia, tá cinco conto a pack
Relaxa mano, qualquer coisa fica mec
Tua historia tá tão feia, então muda logo o nome pra Sherek
Estou ganhando bem, chama de Miguel Falabella
Enchendo rap de merda, tipo Predella
Amaldiçoado com conhecimento
Os cana diz que é mentira, só lamento

Acrescento o acento no acontecimento
Pego meu assento e cento, mas só depois que eu me aposento

Me chama de Harry Potter que eu te mostro minha magia
Ela disse "Harry Potter", eu cantei um rap meu
Hoje eu estou fazendo mágica, bruxo de hogwarts
Tipo Ronaldinho, um Deus
Fudendo com a cultura branca mais que kid bengala
Esse flow é único, direto da Senzala
Sou aquele que não se abala
Mas de onde eu vim, no meio do polícia e ladrão, alguém leva uma bala
Eu sou a boca que não se cala
Eu sou sombrancelha que não se corta pela navalha
Me chama de primeiro homem que nunca falha
Os cara se acham Haven, dizem sensitivo
Eles só preveem o passado, eu digo sem sentido
Pra ganhar na vida, eles são sem incentivo
Do tipo que me ama e me odeia com mesmo motivo
Dominador do ar, mostrando o dom
Pode chamar o Jô Soares que não dá o peso do meu som
Pouca mídia, muito conteúdo, de prima é passe
No campo das ponta, seguimos no ataque
Mas nunca confunda as coisa mano
"Guardinha do rap? ", sim, sou eu que estou falando
Esse é o Rap? deixa eu por nas costas
Respeita, esse é o Flow Douglas Costa
O problema de vocês é ter muito afeto
Pra gente que nem deveria ter passado de feto
Tão confundindo cimento com concreto
Cimento com concreto
Tão dormindo muito achando que da beleza
Dorme pra caralho, acorda e se acha princesa
A uva passa, racista não
Então olha a carcaça estirada no chão
Se fosse fazer um minuto de silêncio pra cada inocente assassinado
O mundo ia ser surdo, mudo e mudado
Ia ser surdo, mudo e mudado
Se acham foda com frase do poze
Por isso eu que tenho o Close
Vida é Copa do mundo? me chama de Klose
Chupa dois mil e quatorze
Advinha quem é o novo cara do momento
É aquilo, uns nascem com dinheiro, outros com talento
Já falei, Hitman dos vacilão
Então qual a cor do sangue dos dirigentes da Perdigão?
Só preto pegou a visão
Vou deixar esses cara puro osso
Com a cara mais feia que a princesa caroço
Leite moça, sangue do moço
Minha mãe me olha hoje e fala, "eu criei um monstro"
Boll me olha e fala "eu criei um monstro"
Criei um monstro

Compositor: Paulo Mauricio Salvador dos Santos (Ps Raio Negro)
ECAD: Obra #34557398 Fonograma #33344771

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