Chamarrita, chamarrita, diz pra ela que eu voltei Venho com a alma empoeirada das lonjuras que cruzei Trago os arreios judiados e as cordas que arrebentei Lidando com a potrada que pra o serviço domei Só não pude 'tirá' as baldas da saudade que aporriei Chamarrita, chamarrita, diz pra ela que eu voltei
Chamarrita, eu tenho pena do meu pobre coração Que é igual palanque de angico, aguentador de tirão Mas tem andado 'flaquito' à soga com a solidão Jogado igual laço velho, enrodilhado no chão Arremalhado dos pealos mais certeiros da paixão Chamarrita, eu tenho pena do meu pobre coração
Chamarrita, diz pra ela que eu saltei de madrugada E o dia rompeu pra mim na volta grande da estrada Eu de lenço esparramado, meu mouro de cola atada Entre o assovio de uma copla e um grito forte com a eguada E o sol clareando o meu mundo No rumo da minha amada
Chamarrita, chamarrita, tô de volta, diz pra ela Me vejo boleando a perna na frente do rancho dela Eu sempre fui andarilho porque o destino atropela Mas agora por capricho venho costear na cancela E me entregar ao feitiço dos olhos da minha bela Chamarrita, chamarrita, tô de volta, diz pra ela
Morena, me dá licença, que esta ansiedade me aflita E eu arrasto minhas esporas se o meu instinto palpita Morena do meu fascino, de todas, a mais bonita Meu tempo, minha querência, meus sorriso, morenita Graças a Deus, minha linda, tô de volta, chamarrita Graças a Deus, minha linda, tô de volta, chamarrita
Chamarrita, diz pra ela que eu saltei de madrugada E o dia rompeu pra mim na volta grande da estrada Eu de lenço esparramado, meu mouro de cola atada Entre o assovio de uma copla e um grito forte com a eguada E o sol clareando o meu mundo No rumo da minha amada
Chamarrita, tô de volta, diz pra ela, minha amada Tô de volta, chamarrita