Mal nasce o dia e a hipocrisia já enoja Na igreja dão as mãos Citam salmos decorados Nos stories renegam seus pecados E por tras da pregação que é cheia de sermão Dão o golpe em seus irmãos Escondendo seus diabos Cegados pelo moralismo falso Condenam corrupção Enquanto assistem sky gato Em uma tela adquirida através de estelionato Endividados com seus carros importados Andam pela sociedade com o nome registrado Mas no feed seus narizes empinados
Me diga se não é A mais pura enganação De onde vem o que fazem Pois sabem que isso não leva a nada
Fingindo ser quem não são Selfies postadas para enganar Sorrisos falsos A pura perversão Nem mesmo filtros vão disfarçar
A honestidade tem um custo muito baixo Vivem mesmo como ratos Com seus diplomas comprados E negócios com impostos sonegados De baixo dessa pose de arrogância Sobra o medo e a intolerância De quem não compra esse teatro forjado A Era de aquário é implacável O disfarce é derrubado Mesmo quando ignorado Seu efeito será inevitável A queda se anuncia logo a frente Seja ateu ou seja crente O tempo não exime os culpados
Suas palavras não correspondem suas condutas O sagrado virou produto Aqui não tem santo nem culto Pesa cada escolha de cada homem e mulher Que se dispõem em mais um dia respirar Se arrependam e repensem Na turbulência as máscaras cairão e a vida há de seguir Cada qual com seu remo, seu rumo, sua fé, ahoo, axé, o supremo Ame enquanto há tempo, em qualquer sentir Atitudes mais que palavras O vento sopra, a vela acesa, eleva Me guia para o mais alto nível de vida O respeito, a lealdade, o amor de verdade
Compositor: Marcos Costa Melo (Quinho Melo) ECAD: Obra #30877463 Fonograma #46115644