No seio do cerrado Onde a paisagem é áspera Vejo terra, pó, poeira sobre a planta envergada Que não se entrega ao chão Algo movimentou no mato Ouvi barulho de chocalho vi calango cochilando Ele vai ser devorado
Já no lajeado Onde a textura é rústica Areia fina, planta verde, rocha água envergonhada Que resiste mas domina o verão Parece até que a água é triste E pede passagem pra molhar a paisagem
Algo movimentou no alto Ouvi barulho de assovio e vi girino cochilando Ele vai ser devorado Já no lajeado Onde a textura é rústica Areia fina, planta verde, rocha água envergonhada Que resiste mas domina o verão Parece até que a água é triste E pede passagem pra molhar a paisagem
Receio ter sonhado com um lajeado bem no meio do cerrado E que de noite tenha chovido e o sereno me molhado Num sertão de um livro que eu já tinha lido
Parece até que a água é triste E pede passagem pra molhar a paisagem Parece até que a água é triste Parece até que a água é triste Parece até que a água é triste Parece até que a água é triste Parece até
Compositor: Raphael Bruno Gomes e Sales (Raphael Sales) ECAD: Obra #16711305 Fonograma #15654927