Atrás Das Grades de Sangue
"Mais um ano se passou e nem
sequer ouvi falar seu nome..."
Mil a sua direita, dez mil a sua esquerda
olhe ao seu redor e veja,intenda, compreenda
o quanto e como não valeu a pena
as gargantilhas de brilhantes, as langeries de seda
vários kilos de cocaína e crack os passeio nos IATES
CHAMPANGHE, vagabundas a vontade,
ROLÉX, ARMANNI couro da VITON
imagine quanto sangue não
custou seus APÊ no LEBLON
e o povo diz...
[Zé povinho]
"-Caralho sangue bom cê viu tru?
ontem tava ai de fusca azul
catava até umas fita,gostava de umas droga
o barato é locão a ascenção foi meteórica
agora de ACCORD e RR na garagem
vorta e meia vejo ele saindo de viagem
depois de uma semana retorna bronzeado
isso que é vida o maluco tá muntado"
Cê vê né fazer o que se eles quer falar
de 100, 99 queria estar no meu lugar
e eu de cótá em cótá fui fortalecendo a firma
de oitão canela seca pra G3 e .30
a vida é um carrossel isso eu aprendi
eu sou a prova viva,quem quiser vem conferir
hoje eu prego o quanto que não valeu
aqui no inferno clamando por Deus.
[Refrão]
Avisa o IML, chegou o grande dia...
são duas da manhã...
Lágrimas, sangue...
Avisa o IML...se é isso que eles querem,
então vem me mata...
Linda, nervosa, simplesmente a mais bela
de corpo escultural, de abalar atmosfera
jurava amor eterno,dizia que me amava
que tudo era belo igual contos de fada
um dia me lembro bem eu num esqueço
ó uma parati tru e um santana preto
uns cara diferente no sol de blusa
o clima tava quente uma pá de crianças na rua
pelo rádio meu olheiro me passou...pt...
[Rádio]
"-Ai sangue bom os cara quer você,
levaram sua mulher como forma de mensagem
descolei que são mão branca,e são lá do DENARC"
Ixxi,mandei o advogado e uma maleta recheada
depois de uma hora ela tava em casa
feliz, sorridente me abraçando e dizendo...
[Diálogo]
-Amor tá suave, ó mó sossego!
é só chegar uma vez por mês que tá bom
se você quiser eu mesmo faço a transação
levo o dinheiro no ponto e horário marcado
nossos negócios vão ser extraordinários...
Huumm,desconfiei e nem paguei pra ver
com o coração partido mas tinha que ser
mandei matar a vagabunda traidora,
- correr com polícia não...sem vergonha!!!
e a vida segue assim entre rosas e espinhos
assim como toda segunda tem seu domingo
hoje eu prego o quanto que não valeu
aqui no inferno clamando por Deus.
[Refrão]
Aqui é foda...mas não desiste,
Só mesmo Deus pra te proteger
Aqui é foda...é cruel...
Só a morte pode me libertar...
Eu tive tudo que eu quis Ouro, Diamantes
Carros, mulheres, fuzís, balas traçantes
Fazia frio eu descia em CONGONHAS
Depois de uma viagem á negócios na COLOMBIA
- Surpresa!...POLÍCIA FEDERAL sem perdão,
Depois de ter apreendido meus bêns, minha mansão
Com 15 acusações entre homicídios, tráfico
Com gravações de telefones grampeados
Minha dinastia meu fim, meu castelo
As grades do presídio,a masmorra do inferno
Recordei das minha ações diabólicas na tranca
O sangue do pilantra jorrando da garganta
Que me caguêtou dizia ser parceiro,
Senhor pelo amor foi comigo num enterro
De um rival que sem aval tentou me matar
Arranquei a cabeça dele como faz em BAGDÁ
Várias mortes desde o vigia da PRO-SEGURO
Caiu baleado com rajadas de URU
Até o executivo que não quis repartir a fortuna
Joguei do 10° andar pra espatifar na rua
Fora os inimigos que boiaram no lixo
Hóó, do tietê peneirados de tiros
Uns dizem que fui louco,outros psicopátá
Andei pelo sistema, fui cruel nas COMARCA
Com os pé-de-bréque, os verme atrasa lado
Sem essa de monstrão tio, apenas respeitado
Agora eu me pergunto, cadê todo mundo?
Os carro importado, as festas, os charutos
Cubanos os manos que viviam ao meu redor
As vagabundas que lambiam até o meu suor
condenado a 100 e poucos, aqui lei dos 30
Sozinho apodrecendo na caverna, na ilha
No fundão TAUBATÉ, casa de CUSTÓDIA
Cêis num sabe como é, aqui não tem misericórdia
Apenas rancor e ódio no sangue
O mundão parece tão distante
Sinceramente sei que não valeu
Aqui clamei, chamei, orei por Deus
Se ele ouviu, num sei já era...
-Tem mais um corpo enforcado aqui na cela!
Compositor: Douglas Aparecido de Oliveira (Douglas)
ECAD: Obra #11034629