Gangsta Rap Nacional
Porque ai guerreiro é desse jeito
A imagem que reflete no espelho
É do ghetto
Que clama por amor, justiça, respeito
Desde os tempos que na profissão perigosa
Ainda me vejo arbitrário de forma honrosa
Cadê os vinhos? Os pratos de lagosta?
Os manos que diziam que o rap era questão de honra?
Olhei pra trás de forma cronológica
Quantos grupos bons que não acabaram escrevendo na
história
Páginas com lápis e borracha
Ou então nos castelos de areia que desfaz com a água
O show business é mágico, é perverso
Quantas vezes veio até à mim ofertando sucesso
Mais uma vez, tamo aí daquele jeito
Som de bandido, 100% veneno, vai vendo
Bate nos carro, abala os comédia
Coloca os boy em danger, polui a atmosfera
E fumaça vai subindo, e vem chapando o globo
Porque o time reunido só tem monstro cabuloso
Venta lá, venta cá, o tsunami tá no ar
Mais tenebroso que rajada de AK, pode apostar
Huuu! É Gangsta Rap Nacional!
Os cuzão que passa mal
Quando nóis na marginal, de toca na cabeça e lenço na
cara
Os braços tatuados escutando as pauladas mandam o
verso
Ae ladrão sangue bom, é pau no gato
É pique sem massagem, é o eco que invade os raios
E representa na rua ou nas cadeias
E como já citado é garrafinha nas antenas
E outra vez, poema se mistura com o som das ruas
Literatura marginal continua
Por aqui ainda sendo a voz do bandido
Ainda sendo a voz do rapper que representa o perigo
E outra vez você se vê que a nota musical
Quando ecoa sobre a mente criminal, cabelo voa
Faz estrago, nas corte, nos palácios, não importa
O nosso movimento incomoda, eu sei que é foda
É.. Pro cê vê, vou falar
As palavras que penetram como um tiro de AK
Porque o rap aqui é isso mesmo meu querido
É o som que treme o chão, representa os humildes,
bandido
O sofredor, o ódio, a dor, e quem desacreditou
Ei rapaz, pelo amor..
Enquanto tiver sangue correndo nas artérias
Bate forte o coração, vêm na mente as idéias
Oh.. Vô te fala então aí me escuta
Poema de rua, os preto a luz da lua
No estilo, favela, nos pano loco de guerra
Pique função, bate de frente, não amarela
Os boy treme quando vê alguém ouvindo um rap
Já fala que se pá, é incentivo pr'os muleque
Cata no semáforo as patricia de Audi A4
E depois deixa o sangue pingando no asfalto, não é
não!
O rap é mais que isso jão, poesia de favela que vem do
coração
Apesar de tanto ódio, apesar da revolta
Com tanta guerra aí, é o rap que incomoda
É fodaa! É a vida é assim, fazer o que
Deixa o chicote estralar, deixa acontecer
Pra eles ver, parar e refletir um pouco
Que aqui na selva o barato é louco
E outra vez, poema se mistura com o som das ruas
Literatura marginal continua
Por aqui ainda sendo a voz do bandido
Ainda sendo a voz do rapper que representa o perigo
E outra vez você se vê que a nota musical
Quando ecoa sobre a mente criminal, cabelo voa
Faz estrago, nas corte, nos palácios, não importa
O nosso movimento incomoda, eu sei que é foda
E ae.. Se ligou nóis, tamo junto ein negô!
Meu estilo é vagabundo e o sistema ignorou
Sem querer criou, lá nos fundão da favela
Os monstros que se arma de rap e vai pra guerra
Mas se empolga não jão, o corre é louco, tenebroso
Aqui é os mano do rap e não os cú da globo
Já inflamou de povo que se pá que abraça o mundo
Vai com o seu rap meloso, deixa que nós fode tudo
Sem maquiar a cara, sem fama, sem marra
Seu pesadelo, Gangsta Rap na área
Faço meu papel, pr'os boy sou um Bim Laden
Perseguido por bater de frente com as suas
pilantragens
Deram o alarde, disseram o inferno esté em chamas
Bom poeta não se engana, em meio ao fogo cruzado
declama
Deixa com nós, que a responsa tá no peito
Ei tru destrava a matraca e vamo logo pro arrebento
O que se pen-sa?
Muitos ainda não entenderam
Nós prega a revolução por amor não por dinheiro
E a rappa levanta a voz, decora, canta com nós
Causa estrondo nos bagui e ensurdesse os algóz
Faz do rap a trilha que bate nos stereo
Que toca nos corações, livro uma pá do cemitério
Fim do tédio, o bumbo e o clap marca o ritmo
Contra o sistema o rap é o câncer maligno
E outra vez, poema se mistura com o som das ruas
Literatura marginal continua
Por aqui ainda sendo a voz do bandido
Ainda sendo a voz do rapper que representa o perigo
E outra vez você se vê que a nota musical
Quando ecoa sobre a mente criminal, cabelo voa
Faz estrago, nas corte, nos palácios, não importa
O nosso movimento incomoda, eu sei que é foda
Mandr4ke no debate, pra falar verdade
O rap faz sua parte e joga na mira os covarde
As fita podre, o lado oculto tem que ser narrado
Sem vista grossa e sem passa pano pro errado
Eu não me calo perante a opressão do estado
Sou radical no que visto, o que faço, o que falo
Se te incomoda, abraça o seu verbo e sai fora
Desfoca bitoca, sai fora, que o rap é foda
Minha persistência ainda permanesce viva
Na nossa letra auto-estima pra periferia
O seguimento musical ainda é o rap
Na caminhada e no comando instruindo os muleque
Deficientemente julgado vou vivendo
Moysés paraplegicamente canta os veneno
O rap relata o tiro, o sangue, a dor e o rancor
A ira do sofredor que não é feito de amor
O choro da criança, a mão que pede ajuda
A falta de esperança, o ladrão que dá fuga
O luto do parceiro, o refém no cativeiro
O medo, a morte, o pesadelo da vitima no desespero
Eu não me baseio em filme de ficção
A inspiração vem da apologia que gera a razão
A286 dá o bote e vai pra cima
O Rap Gangsta brasileiro toma de assalto a rima
E outra vez, poema se mistura com o som das ruas
Literatura marginal continua
Por aqui ainda sendo a voz do bandido
Ainda sendo a voz do rapper que representa o perigo
E outra vez você se vê que a nota musical
Quando ecoa sobre a mente criminal, cabelo voa
Faz estrago, nas corte, nos palácios, não importa
O nosso movimento incomoda, eu sei que é foda
Compositor: Douglas Aparecido de Oliveira (Douglas)
ECAD: Obra #11034650 Fonograma #24109084