O magro, que se alimentava de comida natural (só integral!) Dava banda no Ocidente e no brique do Bonfim (isso até que não é nada mal!) Mas é no fim-de-semana que a danada da grana ia descolar (pois sem ela não dá) Lá na frente do Julinho repassava "uns fininho" pros magrinhos de lá (melhor não há!) Até que um dia foi na casa da magra cheio de orgulho Disse: "Magrinha querida, põe tua roupa preferida e vâmo comemorá A gente pode vê Hair, pela vigésima vez, que hoje eu tô louco demais Tô construindo a casinha pra nós, com tijolinho do Paraguai!" (eu sei que essa não cai!) Mas na saída do cinema é que o dilema começou O magro de cara suja e a magra de lambuja foram "atracados" É que o queijo prensado no bolso amassado o rato farejou E aquele rato safado acabou no ato com aquele amor (que maldito roedor!) Que rato injusto aquele, o magro tava na dele e foi pra delegacia E toda a sua esperança foi no telefonema que a velha atendeu Já foi dizendo o magro pra velha: "Socorro que eu tou apertado Tu chama o velho agora e vê se não demora ou vão me detoná!" (mas onde é que eu fui parar!) E vejam só que infortúnio O velho do magro não tava em casa Disse a velha:"Filhinho, tu aguenta um pouquinho que eu já vou chamar É que teu pai a essa hora, como é de costume a um chefe de lar, Deu uma saidinha, deve estar bebendo naquele bar" (ai do magro, que azar!) Só uma coisa aquele magro amalucado nunca entendia E não havia qualquer possibilidade dele entender A sutileza de uma sociedade onde fumar é proibido Quando se pode encher a cara em cada esquina de tanto beber... Mas ao saber da história o velho do magro ficou revoltado Sentiu-se traído e pediu a palavra pra desabafar: É por isso que eu bebo, só posso beber, onde foi que eu errei Pra suportar o desgosto de quem tem um filho fora-da-lei! É por isso que eu bebo, só posso beber o dia inteiro Pra suportar o desgosto de quem tem um filho maconheiro!