Serrinha e Caboclinho
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Maria Rosa do Sertão

Serrinha e Caboclinho


("O arraiá todo chorou
De tristeza e comoção
No dia que se casou
Maria Rosa do Sertão

Era coisa combinada
Desde o tempo de criança
De ela se casá
Com o Zico da fazenda Barra Mansa

E entre os muito pretendente
Que pedira a sua mão
Tava o Chico Cascavé
Home ruim de coração

Vendo seus plano faiado
Sem um pingo de esperança
Cascavé, home marvado
Pensou logo na vingança")

Na igrejinha do arraiá
Na hora do casamento
Quando o padre perguntou
Tem algum impedimento

Só dois tiro arrespondeu
No meio de dois clarão
Cascavé baleou os noivo
E sumiu na confusão

E o padre ajoelhando
Chorava que nem criança
Pegando na mão dos morto
Colocou as aliança

Quando ele se alevantou
Tava tudo terminado
O Zico e a Maria Rosa
Ante Deus tavam casados

Ele vestido de preto
Ela de grinalda e véu
Se casaram aqui na terra
Pra ir morar lá no céu

Tantos ano se gostaram
Ppara ter tão triste sorte
Viver sorteiro na vida
Pra sê casado na morte

E agora no cemitério
Tem duas campa empareiada
Em riba de cada uma
Há uma roseira plantada

As roseiras se ajuntaram
Com seus ramo entrelaçado
Parecia a alma dos dois
Num longo abraço apertado

Compositores: Antenor Serra (Serrinha), Campos Negreiros
ECAD: Obra #3501686

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