A geada é o preço que jamais desconta nem mesmo um rial no gauderiar que entangue branqueia tauras e regela o sangue mas se derrete quando o sol desponta
Se faz espelho no lagoão da sanga adoça as frutas e madura o trigo cinza no tempo que nos encaranga paguei o preço de brincar contigo
Vai-se um ano, mais outro, não me iludo foram tantas lixiguanas pelegueadas Eu sinto frio mas apesar de tudo o meu destino é andar quebrando geada
Iguais as que quebrei na juventude pisando vidros nas manhãs de gelo as mesmas geadas da gamela do açude trago comigo esfarinhadas no cabelo
Manta gelada que não tem fragrância e se faz água prá morrer neblina as geadas pretas que esmaguei na infância viraram cinza prá branquear minha crina.
Compositor: Marcio Rosado Shervensquy (Marcio Rosado) (UBC)Autores: Jayme Caetano Braun (ABRAMUS), Leonel da Silva Gomes (Leonel Gomes) (UBC)Publicado em 2004 (21/Jul) e lançado em 2004 (30/Ago)ECAD verificado obra #261825 e fonograma #1087393 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM