Não vejo nada que não tenha desabado Nem mesmo entendo como estou de pé Olhando o outro no espelho pendurado Me reconheço mas não sei quem é
Não ouço passos de ninguem entre os escombros Nem mesmo insetos revirando o pó Um vento seco me arrepia Encolho os ombros Mas na verdade estou queimando o sol
Depois do fogo restam só fumaça e brasas Eu tiro as cinzas do meu peito nu Daqui a pouco meus dois braços serão asas E eu me levanto renascido e cru E mesmo aquela velha sombra ressecada Imita tanto quantos fui e sou ficou nos cacos de um espelho aprisionada E pés cortados não vai onde eu vou
Antes de nascer as plumas comi as unhas Quero me arranhar pra ter riscado na pele um mapa tosco pra poder voltar Vou passar como santo, mudo mirando alto, rindo, preparando o salto, deixando pra trás tudo.
Compositor: Desconhecido no ECADIntérprete: Sergio Roberto Veloso de Oliveira (Siba) (UBC)Publicado em 2011 (28/Jun) e lançado em 2011 (23/Set)ECAD verificado fonograma #2102835 em 15/Abr/2024 com dados da UBEM