Toda vez que um trem na curva da linha Faz parada obrigatória na estação do peito Aí meu coração acorda junto com as galinhas E a saudade embarca junto pra tirar proveito
Toda vez que um trem apita lembra minha vida Quantas vezes por amor eu quase disca rilho Acho que eu sempre fui manteiga derretida Esparramando poesia ao longo desses trilhos
Eta trem que vai ligeiro Eta vida vai também Quem chegar no amor primeiro ganha outra vida com direito ao trem Piui! Chock, chock, vai nos trilhos parece estribilhos lembranças também Tá vendo aqueles pés de milho foi atrás dos milhos meu primeiro bem Chock, chock nas veredas pra ter labaredas lenha tem que vou Não há Maria quis fumaça e se agente cansasse de lhe dar calor
Toda vez que um trem apita conta minha história Corro pra estação e embarco no trem da memória
Toda vez que um trem apita traz uma saudade Daquela esquina que escondia meus primeiros beijos Diziam todos que eu era magro de ruida de Gostava de doce de leite, rapadura e queijo
Compositores: Silvio Ferreira de Brito (Silvio Brito), Ademir Martins ECAD: Obra #32542 Fonograma #600198