A vida não vai tão mal ora vejam que legal Zito Righi e sua banda indo-se ao Cinelândia para levá-los ao bom-alucino-rock-bom nas delícias do seu som!
Subindo, descendo o morro cadente portando-se o máximo, o mais atraente lá vai o malandro, o dono do mundo!
Se pensam que é fácil levar essa vida enganam-se, caros, posição atrevida, é demais o cansaço, terrível e duro jogar o baralho, jogar capoeira, fazer samba à toa, beber noite inteira!
Que vida mais besta, que coisa mais linda ser bamba no morro, ser sambista de fato dizer: "nunca corro, me matam ou mato!" Ter uma mulata por inspiração pra fazer mais amor e ouvir seu violão! Ô vida difícil, ó vida cansada, mas mudar de vida que nada que nada!
Mas chega um dia, na maior delícia, ninguém no desdenho protege a polícia é que ficou louco o mundo, a cidade, a puta luxúria e a vaidade chegou carnaval, chegou carnaval!
Ninguém quer ninguém, todos querem tudo aqui tudo vale qualquer absurdo e é nesse dia, assaz, diferente que o malandro é mais homem no meio da gente!
Nas mãos bater nunca, sapateia nas palmas ao lado das negras é o taco do alto samba, malandro, e samba mulata mostrem mais um sentido da vida ingrata!
Depois com o crioulo, depois a mulata botando um amor depois dessa data, lá de cima, feliz, contemplando a cidade ficou sem favor!
Escrevemos samba no asfalto selvagem Escrevemos samba no asfalto selvagem Escrevemos samba no asfalto selvagem Escrevemos samba no asfalto selvagem Escrevemos samba no asfalto selvagem!
Compositor: Sonia Maria dos Santos (Sonia Santos) ECAD: Obra #190842 Fonograma #1580404