O Claudionor Branquinho Tem um circo de rodeio Também tem um burro preto Que tem sete parmo e meio
Muitos peão de grande fama No seu lombo já fez feio Se o caboclo for teimoso Se arrebenta nos arreio Porque o burro quando pula Até parece um bombardeio
Vou contar alguma façanha Que o burrão já praticô Na cidade de Igarapava Quando o circo ali chegô
O famoso peão Petito Foi quem primeiro montô O circo tava lotado Para ver o peão de valor Mas foi somente com três pulo Na poeira ele rolô
Nas bandas de Itirapina Apareceu um domadô O famoso Nenê Lima Peão que já se consagrô
O caboclo era tido Como rei dos montadô No lombo do burro preto Foi quem mais pulo aguentou Mas com a cabeça do arreio Pelos ares ele avoou
O grande peão Gumercindo Em Limeira moradô Por derrotá o Boi Palácio Muita fama conquistou
Quando soube da notícia Logo ele se apresentô Na certeza de ganhá Muito dinheiro ele apostô Mas no lombo do burro preto Sua fama se acabô
Das proeza do burrão A que mais me admirô Foi sabê que o Zé Pretinho A parada ele enjeitô
O Claudionor Branquinho Vinte conto lhe ofertô Zé Pretinho nos rodeio Muitos prêmio já ganhô Mas foi prevendo o seu fracasso A proposta não topô
A fama do tár Soberbo No Brasil já esparramô Peão pra aguentá seus pulo Até hoje não achô
O Claudionor Branquinho Desse jeito ele falô Pra montá e não caí Vinte mil cruzeiro eu dô E quem quisé que apareça Que às ordens eu estô
Compositor: Francisco Gottardi (Sulino) ECAD: Obra #45649468