No sertão do Paraná vou contar o que assucedeu Uma jovem paranista que ali desapareceu Por causa de um namorado a coitadinha enlouqueceu Isto foi no mês de agosto que este fato aconteceu Ela entrou na mata escura bem no centro se perdeu Ela foi pra suicidar mas sua coragem não deu
Um cão por nome Corumbá junto com ela rompeu No meio daquelas fera o Corumbá foi que valeu E no pé de uma figueira ela chegou escureceu Ali passou a noite inteira na hora que amanheceu Ela viu um pavão gemeira e o seu corpo estremeceu Por ela estar nervosa ainda mais entristeceu
Na casca de um palmiteiro uma carta ela escreveu Reclamando a sua vida desde a hora que nasceu Feliz quem morre criança pra não sofrer que nem eu Esta sorte tão ingrata que não me favoreceu E depois dessas palavras sua força enfraqueceu A pobre caiu no chão entregou sua alma a Deus
Na hora dela morrer ao Corumbá agradeceu Obrigado meu amigo que muitas vezes me valeu Você foi um companheiro que sempre me defendeu Corumbá deu um uivado que até a mata tremeu Ela fez a despedida paraíso adeus adeus Deu um suspiro duido e na mesma hora morreu
Quando encontraram ela morta os policia se comoveu Por ver aquela formosura que a sorte não protegeu Ali mesmo enterraram que triste destino seu Em cima da sepultura um pé de rosa nasceu Tão bonito e tão formoso e logo floreceu Essa roseira é a lembrança que esse anjo pereceu
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) ECAD: Obra #49277 Fonograma #263695