A morte do Ferreirinha Ficou na história gravado O rodeio de Pardinho Vocês deve tá lembrado Quando um potro redomão Nesse dia foi quebrado Eu saí do picadeiro Pelo povo carregado A morte do Ferreirinha Eu havia me vingado
Ferreirinha no rodeio Desafio nunca injeitô Quando o coitado morreu A notícia esparramô Teve gente que sentiu Mas teve arguém que falou Que o rapaz caiu do potro Por não ser bão domadô Isto foi mesmo que um tapa Que no meu rosto acertô
Pra responder essa afronta Vim montá no redomão Foi o dia mais feliz Da minha vida de peão Quando o potro assassino Rodopiou três vez no chão Eu não vim atrás do prêmio Nem fazer exibição Eu entrei nesse rodeio Pra cumprir com a obrigação
Peças ruas de Pardinho Muitos foguetes explodiu Pra festejar as aposta Muita champanha se abriu Ninguém pode imaginá O que o meu peito sentiu Pra tirá a barda do potro Montei nele sem lombiu Pra mostrar que os Ferreira São caboclos que tem briu
Montado no redomão No cemitério eu cheguei Pra Virgem Nossa Senhora Uma prece eu rezei Onde dorme o Ferreirinha Com respeito me ajoeiei Meu par de espora prateada Na sua campa eu deixei Foi a úrtima homenage Que pro me irmão prestei
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) ECAD: Obra #936997 Fonograma #969028