Quando Catimbau morreu Eu fiquei impressionado Rosinha também chorou A noite inteira a seu lado
Entre quatro vela acessa O caixão todo enfeitado Ali estava toda a peonada Tão triste desconsolado
Catimbau lá na fazenda Era o peão mais estimado Quando o caixão saiu Pelo povo carregado Com destino ao campo santo Pra ele ser sepultado
Quando foi no cemitério Um estranho ali chegou Em cima da sepultura Catimbau ele beijou
Na hora da despedida Foi o peão que mais chorou Com os olhos rasos d'água Desse jeito ele falou
Descansa em paz Catimbau Que na fazenda eu vou Ao cruel boi perigoso Quero mostrar quem eu sou E lá na fazenda grande O peão estranho se ajustou
O fazendeiro ricaço Quis esprementar o peão Mandou buscar a boiada Pra fazer a marcação
O peão foi pra invernada Com seu cavalo alazão Trouxe o gado na mangueira E fez a separação
Deixou o boi perigoso Igual fera na prisão Jogou o laço de pealo Derrubou o boi no chão Amarrou o pantaneiro Na presença do patrão
Foi um serviço bem feito Que o fazendeiro gostou Rosinha emocionada O peão ela abraçou
Quero me casar contigo Pois você me conquistou Com respeito e educação Pra Rosinha ele falou
Eu sou um rapaz solteiro Mas não quero seu calor Respeitando a memória Do maior dos laçador Eu sou irmão do Catimbau Que morreu por seu amor
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino) (SOCINPRO), Roque Jose de AlmeidaEditor: Fortuna (UBC)ECAD verificado obra #20415297 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM