Foram ler minha sorte Quando eu fui nascido E a sina que eu trouxe É de ser divertido Tenho me regalado Tenho padecido Não são poucos fandangos Que eu já tenho ido Não vou mesmo em catiras Que não me convidam Assim ninguém diz Que sou oferecido
Quando eu chego nas festas O povo rodeia Ansioso pra ouvir Minha voz sem pareia Quando eu canto de viola Não tem moda feia Com a viola nos braços Meus dedos ponteia E no meu repicado O pessoal sapateia O assoalho da casa Até balanceia
Violeiro invejoso Me olham de lado Quanto mais me odeia Eu canto folgado Eu não gosto de intriga Sou muito educado Todo lugar que chego Sou considerado Mas se alguém me abatê Eu já fico irritado A paciência se acaba E meu verso é pesado
Esta vida que eu levo Alegre tem sido No lugar que eu canto Não fico esquecido Sempre deixo saudade Coração ferido Quantas juras de amor Eu tenho recebido Por eu ser violeiro E cantar dilorido Fiz mulher casada Largar do marido