Por favor, não chore

Pois o fantasma e a tempestade lá fora

Não invadirão este templo sagrado

Não se infiltrarão na sua mente

Minha vida hei de arriscar

Se o bicho-papão tentar

Pregar peças na sua mente santa

Te encher, atormentar e provocar

Sombras vacilantes se aproximam

Um piano toca em um quarto vazio

Haverá sangue no facão esta noite

Quando o escuro se for e o quarto estiver claro

Eu ainda vou estar do seu lado

Pois você é tudo que importa

E vou te amar até o dia em que eu morrer

Nunca mais vai precisar haver lamento

nos seus olhos

Desde que que a mão que balança o berço

seja a minha

Sombras no teto se agitam

E quando o guarda-roupa se elevar

Feito uma fera predadora

Há tristeza nos seus olhos lindos

Seus olhos puros, intocados, fantásticos

Minha vida hei de arriscar

Caso as almas penadas tentem

Pregar peças na sua mente santa

Uma vez eu tive um filho

E ele salvou minha vida

E eu nunca sequer perguntei seu nome

Apenas olhei em seus olhos fantásticos

E disse: "nunca, nunca, nunca outra vez"

E bem cedo eu retornava

Tal qual uma mariposa à chama

Então jogue meus ossos sobre as pedras

Eu sou apenas um mendigo sem ninguém

Veja como palavras que são velhas como pecado

Me servem com uma luva

Estou aqui e aqui ficarei

Juntos nós deitamos, juntos nós rezamos

Nunca mais vai precisar haver lamento

nos seus olhos

Desde que a mão que balança o berço

seja a minha

Desde que a mão que balança o berço

seja a minha

Minha

Suba no meu joelho, meu filho

Embora você tenha apenas três anos, filho

Você é - você é meu

E sua mãe, ela nunca soube

Oh, sua mãe...

Desde que... Desde que... desde que...

Eu fiz o meu melhor por ela

Eu fiz o meu melhor por ela

Desde que... Desde que... desde que...

Eu fiz o meu melhor por ela

Eu fiz o meu melhor por ela