O meu nome é Sebastião Rodrigues de Carvalho Fui carreiro e com saudade lembro os tempos de trabalho Hoje eu moro na cidade, mas nem de casa não saio Chego a sonhar com meu carro cortando pelos atalhos Quatorze boi todos moiros, desde a guia ao cabeçalho.
Nome da minha boiada até hoje estou lembrado Redondo e Marechal; Craveiro e Desejado; Jagunço e Violento; Estrangeiro e Numerado; Retaco e Barão, boi baixo arreforçado Maneiro e Rochedo, doze boi aparelhado.
Na junta de cabeçalho, Ouro Preto e Coração José Martins de Azevedo, o nome do meu patrão Na fazenda São Luiz, onde eu morei um tempão Cortava aquele serrado lotadinho de algodão Dava um dueto doído o gemido do cocão.
Hoje eu moro na cidade mais não posso acostumar Em outubro fez dois anos que eu deixei de carrear Às vezes quando estou sozinho eu começo a lembrar Parece que estou escutando o meu carro a cantar Eu nasci pra ser carreiro não nego meu naturar.
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 1985 (11/Set) e lançado em 1985 (01/Set)ECAD verificado obra #148888 e fonograma #559516 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM