Tu que não tiveste a felicidade, deixa a cidade e vem conhecê meu sertão querido, meu reino encantado, meu berço adorado que me viu nascê. Venha mais depressa, não fique pensando, estou te esperando para te mostrá. Vou mostrar o lindo rio de águas clara, a beleza rara do nosso luar.
Quando a lua nasce por trás da mata, fica cor da prata a imensidão. Então fico horas e hora olhando, a lua banhando lá no ribeirão. Muito não se importa com este luar, nem lembra de olhar o luar da serra. Mas este não vive, são seres humano que estão vegetando em cima da terra.
Quando a lua esconde, logo rompe a aurora, vou dizer agora do amanhecê. Raio vermeiado risca horizonte, o sol lá no monte começa a nasce. Lá na mata canta toda a passarada e lá na paiada pia o xororó. O rei do terreiro abre a garganta, bate asa e canta em cima do paió.
Quando o sol esquenta canta a cigarra, grande algazarra na beira da estrada. Linda borboleta de variadas cor vêm beijar as flores já desabrochada. Este pedacinho de chão encantado foi abençoado por Nosso Senhor. Que nunca nos deixe fartá no sertão saúde e união, a paz e o amor.
By: Luiz Fernando - Rib. Preto
Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Luiz de Castro ECAD: Obra #1085991 Fonograma #3094159