Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão
Oh que saudade Do luar da minha terra Lá na serra branquejando Folhas secas pelo chão Este luar cá da cidade Tão escuro Não tem aquela saudade Do luar lá do sertão
Se a lua nasce Por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata Prateando a solidão E a gente pega Na viola que ponteia E a canção É a lua cheia A nos nascer do coração
Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão
Coisa mais bela Neste mundo não existe Do que ouvir-se um galo triste No sertão, se faz luar Parece até que a alma da lua É que descanta Escondida na garganta Desse galo a soluçar
Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão
Ah, quem me dera Que eu morresse lá na serra Abraçado à minha terra E dormindo de uma vez Ser enterrado Numa grota pequenina Onde à tarde a sururina Chora a sua viuvez
Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão Não há, oh gente oh não Luar como esse do sertão
Compositor: Catulo da Paixao Cearence (Catulo da Paixao) ECAD: Obra #2231220 Fonograma #3292456