Pá, pá, mais um na mira, mais um corpo no chão A batida do gatilho aplicando a extrema-unção Viver em paz, será que era querer demais Pedir demais, mais do que podia ter
Aprendeu a correr antes de aprender falar Sem doutorado, sem vaselina Garoto esperto, olho vivo, não pôde vacilar Sócio da morte, faz da sorte seu jogo de azar
O vento sopra cego e seco em outra direção Sentenciando mais um casto a escuridão Menino pobre renascendo forte e violento Forjado a ferro, fome, sangue, raça e sofrimento
Será um novo herói, ou mais um marginal? Perpetuando nova ordem de conceito social Onde quem deve paga, onde quem mata morre Enquanto o dia não vem, enquanto a noite escorre
Patrono dos homens de bem Guerreiro contra a opressão Anjo negro da justiça cega Livrai, livrai, livrai de todo o mal
Ele chegou na área, ele botou pressão Indiferente a credo, classe, cor ou compaixão Implacável, destemido, franco atirador Justiceiro renegado: o homem matador