Ulisses Submerso

Ora Hora

Ulisses Submerso


Me parece que a vida anda meio arrastada por aqui
E que todos nossos dias passam sempre à se repetir
Um chiclete dentro da minha boca que eu já nem lembro
Do sabor
Uma roupa há tanto tempo desbotada que eu nem sei a
Cor
Você vem pra me falar que agora ainda não é hora não
Essa hora que não passa quando é a droga da hora então
A espera dessa hora tem matado-me há toda hora
E você propõe a mim cruzar os braços por agora

Em uma cidade como o rio de janeiro
Que balas perdidas cortam o céu o ano inteiro
Não deixe o tempo passar
Seu tempo pode acabar

O seu amanhã depende do que hoje você vai fazer
Pois quem sabe faz a hora não espera ela acontecer
E a hora está passando nessa sua espera ordinária
Eu quero fazer a hora porque a hora se faz necessária
Fique com sua conversa mole e sua falta de atitude
Reclamando com o teto esperando que o tempo mude
Não importa se a garrafa está quase vazia ou quase cheia
Pegue essa porra e encha de uma vez

Em uma cidade como o rio de janeiro
Trânsito caótico acidente o ano inteiro
Não deixe o tempo passar
A hora é agora, é já

Nas grandes cidades de janeiro à janeiro
Trânsito caótico acidente o ano inteiro
Não deixe o tempo passar
Seu tempo pode acabar

Compositor: Alexandre Campos

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