Naquele rancho afastado Se vê um caboclo calado Só uma viola que chora Pois ela só que sabia A dor que o Zé sentia Por alguém que foi simbora
A história da sua vida É bem triste e comovida Do seu destino crué Mas ela julga o culpado Por sempre ter confiado No amor duma muié
Cantado
Desde criança que o Zé da Carolina Namorava uma menina, lá no Sul do Paraná Cresceram junto, e na mais doce harmonia E juraram que um dia, haveriam de casar Foi numa tarde lá pro fim do mês de julho Que os dois com todo o orgulho Deram sim, ao pé do artá Mas pobre Zé, a alegria foi tão pouca Hoje tem a vida louca, seu destino é pená
Depois de um ano que o Zé tava casado Deu-se um caso inesperado, a sua vida arruinou Sua muié que jurava leardade Por um cabra da cidade, loucamente apaixonou E certa noite quando o Zé chegou cansado Um biete rabiscado, lá na mesa ele encontrou Em pouca linha explicava, que foi embora E o Zé naquela hora, viu que tudo se acabou
Desesperado e descrente desta vida Sua arma destruida, naquela separação No seu ranchinho vive sempre recordando Esse triste desengano, que feriu seu coração Mas ele sabe ai por quem foi iludida Por outra mulher fingida, que levou à perdição Mas se um dia vortar arrependida É sempre uma perdida, nunca mais terá o perdão
Compositores: Gerson Coutinho da Silva (Goia), Leonardo Amancio (Amancio) ECAD: Obra #39688 Fonograma #864578