Sou fim de terra “sarto” na beira da linha Fardado, não sou fascista, crio cá “minhas galinha”
Sou filho moço, tomo cá “minhas cachacinha” pra esquecer, sou brasileiro e tenho orgulho da farinha
E por eu ter nascido nessa terra, ter sido achado lá no mato à toa Fico pensando nessa vida boa daquele moço lá da Prefeitura
Mandou o trator nas minhas “quatro parede” , “chorou Zefina, Pedro e Marizete” Sorte do moço fui extrair “uns dente”, senão eu dava cabo no tenente
Dependurado num galho fraco, subnutrido, abandonado Quero gritar, mas sou tapado, e vejam só o meu pecado É ser João, é ser João, Só ser João É ser João das “noite de lua”, do samba de roda, no canto da vida
Ah, nauê nauê... Agora hoje estou aqui em “sete chave” ,“sete queda” na barriga da esperança de um lugar
Doutor Genaro, moço forte e bem vestido me dá seu terno e gravata quero não ser proibido Proibido, proibido. Nanauê nauêê!
Compositor: Valdir Cosme Costa Lopes (Valdir Lopes) (AMAR)ECAD verificado obra #2758605 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM