Agora escrevo esta carta para relatar a minha solidão Saudade rasga o meu peito só de ouvir no rádio aquela canção Lembro da casinha escura, na beira da cerca à luz do lampião Dos amigos deixados pra trás na minha antiga vida de peão
Lembro da cidadezinha, da venda pequena daquela senhora E do banco da praça que sentado jurei nunca ir embora Mas o que fere os meus sonhos são as lembranças do meu amor Que apenas deixou comigo seu retrato e uma pequena flor
Ai, que bom seria Ver o riachinho de água rasa cortando os caminhos no meu dia Ai, coração chora Só de lembrar que deixei no sertão minha casa, amor e a minha viola
Deitado em minha cama vejo as horas passarem lentamente Estou contado os dias pra voltar pra minha cidade e pra minha gente Essa cidade é turismo para um simples peão de boiadeiro Que tocava sua viola embaixo da árvore o dia inteiro
Ai, que bom seria Ver o riachinho de água rasa cortando os caminhos no meu dia Ai, coração chora Só de lembrar que deixei no sertão minha casa, amor e a minha viola
Compositor: Victor Augusto Campos de Amorim (Victor Amorim) ECAD: Obra #29044173 Fonograma #27362075