Ouvi no rádio que tinha um rodeio no Alegrete, interior do estado Que desafiavam peões de fazenda e quem montava no potro aporreado Era um rodeio muito comentado que ninguem parava no tal de azulego Dizem que assustava só de ver o estilo pois era o filho do tordilho negro estribilho Eu, sou do Rio Grande Sul brasileiro vou montar no filho do tordilho negro E cortar de espora, só no puro pêlo
Eu me criei, ouvindo uma musica de um famoso cantor rio grandense Que uma vez, topou um desfio, que comentario e fama nunca vence Eu vou montar, neste azulego vou sem pelego, sem rédea e bocal sei que as prendinhas vão rezar por mim vou trazer, no fim, p'ra elas montarem
Ainda me lembro, vinte de setembro, foi neste dia a grande função Calcei as botas, garrão-de-potro, cutuquei a espora bem alto do chão Quando eu montei, só ouvi um estouro, correu no espaço um relâmpago pagão Saiu pulando p'ra frente e, p'ra tras, as vezes a espora arrastava no chão Batia com o lenço, trocava de mão, cavalo e, mulher não se faz judiaria Ganhei o potro, e dei de presente para a prenda linda que mais me aplaudia