A vida toda atrás de um vidro fumê De um capacete de luvas escuras As duas rodas fazem todos tremer Pelo perigo marginal da aventura Não tem ninguém que possa me vencer E se eu morrer ninguém vai lamentar Eu tô na moto e sinto o sangue ferver Eu tô na moto e tenho que acelerar Não tem curva ou reta que eu não possa dobrar Não tem moto ou carro que eu não possa ralar Familia e segurança eu joguei tudo pro alto E todos tremem por onde quer que eu passe Selvagem do asfalto
Eu moro onde nada pode viver Nessa corrida contra o gesto parado O desafio de brincar com o destino E rir da sorte a cada sinal fechado Não tente rastrear o louco zunido Ensandecido pelo corpo marcado Não tem sentido contar as cicatrizes Estou partindo, a morte corre ao meu lado Não tem sol nem chuva só fumaça no ar O couro rouge-negro é o que me faz levitar Grana e garotas joguei tudo pro alto E todos tremem por onde quer que eu passe Selvagem do asfalto
Estou correndo com as sombras da noite O Meu instinto é o que me faz desviar Num voo cego de faróis apagados Não tenho amigo nem lugar pra parar A cada curva eu sei que sinto mais frio A vida escorre entre os dedos e acaba Eu tô no meio desse ferro contorcido Em qualquer canto abandonado da estrada O corpo morto espera pelo fim sem sentido E nem sequer vontade de tentar resistir Grana e garotas joguei tudo pro alto Mas Nunca vou deixar de ser selvagem, Selvagem do asfalto
Compositor: Paulo Afonso Macedo de Carvalho (Paulo de Carvalho) ECAD: Obra #1154826 Fonograma #2944767