Ai lá no bairro adonde eu moro assim o pessoar suspeita Ai eu sou inventor de moda eu pego às dúzia é por impreita Eu sento na beira da mesa eu tiro o broque da gaveta Ai no prazo de meia hora eu tenho quatro moda feita Ai de dia eu passo na idéia e copeio na cardeneta Ai moda de verso dobrado conforme vem na receita Eu só trabaio é nesse artigo é na ocasião de muito aperto Eu tenho fome mais não como eu tenho sono mais não deito
Ai quando eu pego na viola ponho meu zóio na paieta Ai eu afino e vô cantano já vou deitando a marreta Nas festas que eu chego e canto Os campeonato não faiz treta Ai na hora que o troco vira precisa que ele surfeta Ai eu e o meu companheiro na hora que nóis despeita Ai quando nóis pega a canta é mais uma vitrola perfeita Ai nóis não sofre amarelão e nem extrusão de maleita Nóis canta em qualquer artura explica as palavras direita
Ai eu e o meu companheiro a parada nóis não injeita Ai nóis achando um truquinho nóis joga até na sajeta Eu jogo até na banca de buzu eu jogo na banca a roleta Ai neste jogo de bandeira eu jogo na bandeira preta Ai se for pra arriscar no bicho eu jogo na borboleta Nos macaco eu jogo pedra só pra ver fazer careta E nos campeão nóis joga moda trovoda e linha bem feita Na capitar de São Paulo a violerada me respeita
Por Nelson de Campos
Compositor: Rubens Vieira Marques (Vieira) ECAD: Obra #1876294 Fonograma #1759046