Voz D' Assalto

Da Neurose

Voz D' Assalto


Breu:
Não me dei bem no passado, não acredito em futuro, o
meu presente é uma ?nove? pra não morrer cheio de
furo, mas não tenho dinheiro e nem talão de cheque, eu
quero a minha mãe bem e um adianto pros moleque. E quem
estende a mão pra me socorrer? Só lúcifer tem a saída
pra me oferecer. Pro desespero tem a droga, pra fome
da o crime e um par de pistola que é pra jogar no
time. Aquele sonho que eu tinha de ser um jogador,
bateu asas e voou, deu lugar ao tambor até a boca de
má intenção, se liga não, vai nessa trutão. Te vejo no
inferno ladrão, contando história dos ganhos e de quem
trinca mais, a poeira me desperta o ódio, o alivio do
fumo e que me satisfaz. E eu sabia que a passagem era
só de ida, na porra da viagem da droga eu vi minha
vida se por na escuridão infinita. Eterna é a luz do
farol que me guia, fé que erradica. A cada minuto que
passa perdoe seu filho aqui e abençoe as minhas filhas
como na oração que eu te pedi. Eu errei, e o
arrependimento não foi a cura. Eu vejo vários malucos
com ódio nos olhos e bala na agulha, à minha procura
pra subir meu gás. Não quero ser mais um que o padre
diz: Amém! Descanse em paz!

Refrão:
Fex: Quero um machado pra quebrar o gelo, quero
acordar logo do pesadelo, quero uma chance pra tentar
viver sem dor.
Undher J: Uma luz pra essa escuridão enquanto o pulso
bater pai, eu só te peço perdão.

Undher J:
Eu não sou a exceção criada por Cristo. Só mais um,
confuso, entre a conquista e a razão longe do ciclo.
Sem amor, só ódio, luxúria, egoísmo, se for pra me
juntar ladrão, prefiro suicídio. Enquanto o mundo
roda, roda e nada pode parar, tão trágico quanto a
desgraça premeditada na porra do canhão, obra prima do
cão, contra minha oração, por favor Senhor, perdão! O
mísero aqui só lhe pede uma coisa, não deixe que mais
um inocente nesse inferno morra, nem sofra a
conseqüência da vida inteira. Lutar pra ser alguém,
não pra morrer com tiro na cabeça. Se compensa, ou
não, ser honesto nesse mundo onde equilíbrio e um dom
e a miséria, fabrica de luto! Aqui rola de tudo,
farinha, mulher, uma pa de bagulho pra encaminhar a
luto. A porra da neurose já matou muita gente, encheu
o cemitério de cusão valente. Infelizmente é difícil
suportar, o que mudou de la pra cá, uma pa de maluco
tombou, fracassou. Não foi forte o bastante pra
agüentar, as paranóica que da nesse inferno de lugar.
Imagina eu aqui trepado sem poder contar com a sorte
na maldade, só mais um, não, mó neurose.

Refrão:

Ice Dee:
Pela janela do mundo eu vi a vida passar, corri atrás,
mas não achei. Pela janela da vida eu vi o mundo rodar,
corri atrás, ele se escondeu. Voltando no tempo me
lembro de quando eu era criança, me perguntavam o que
eu queria ser. Hoje a pergunta e outra: será que vai
sobreviver? Ou só mais um que vai se foder? Temente a
Deus, mais um filho seu, ninguém é perfeito muito
menos eu. Vivendo na linha entre o ódio e o amor, às
vezes, não sei de que lado estou. Eu já duvidei da sua
existência, a vida abalou minha coerência e aqui estou
na seqüela das conseqüências. Dinheiro não compra o
amor, mas compra o leite do meu filho, deixa o meu
sono um pouco mais tranqüilo, faz as cadelas ficarem
no cio. Por isso te peço Senhor, perdoe os pecados
meus, são várias teorias confundindo o que aconteceu.
Que se foda o mundo a minha lei eu faço, sei muito bem
que posso estar errado, só que no céu é que serei
julgado, então cala a boca e me deixa de lado. Em paz,
se é que a paz existe. Talvez um dia, depois da minha
morte, pra eternidade longe da neurose. É preciso ser
forte nem sempre da pra contar com a sorte, no jogo da
vida tem que ser ligeiro e atrasar a morte. Acendo,
puxo, prendo, solto e a mente ameniza, tentando manter
a minha sanidade para não se perder na trilha.

(2x) Refrão:

Compositor: Vda

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