Cristo gueto O tempo da espera não pode matar a esperança Barão Silveira Vou dizer
Ele não sonhava com dinheiro poder e nem fama Seu maior sonho era um campão de terra e fliperama Tá sempre envolvido no rolê da pivetada Correndo atrás de pipa de chinelo e bermuda rasgada
Cabula aula e pula o muro da escola Saiu na mão com a pivetada por causa da bola Achando que a vida era uma aventura Sorrindo quase sempre, sem ódio dor ou amargura
Sem nenhum crime, nenhum vício praticado Sem culpa por ser pobre, nem ódio por ser favelado Criança simples, com muito amor no coração Sem ambição, sem noção do que era o mundão
Acreditando no que via na televisão Pobre sem informação, candidato a ser ladrão Sua coroa não imaginou você um marginal Um professor talvez, um médico ou alguém normal
A correria que escolheu não tem diploma A trilha cheira sangue E a esperança nunca entra em coma Nunca entra em coma
Refrão Não existe quem não alcance o amor de Deus Não existe erro que apague o amor de Deus Não existe ódio que mate o amor de Deus Não existe nada mais forte que o amor de Deus
Ei tia, olha só, seu pivete cresceu Arrogante quer cuspir no prato que ele comeu Seu barato agora é outro, ele vive em outro mundo Arma, carro, artigo caro, se diz o dono do mundo
Ele assalta, sequestra, atira, faz o que pode Pra manter a imagem e conseguir o que quer Sangue frio, dá risada, faz da morte uma piada Sem perceber semeia ódio em sua caminhada
Foi influência negativa pro irmão Que não passou dos 16 na mira da destruição Tem uma pedra no lugar do coração Não vê o que a senhora já sofreu em porta de DP
Ontem ele foi seu sonho, hoje é pura crueldade Cercado de vários da mesma qualidade Ele disposição, muito ódio acesso Diz que se for preciso, é um homicida confesso
A humildade foi tragada pela vaidade Vive cabreiro, seu olhar só reflete maldade Sua amizade se tornou mortal e traiçoeira No baseado sua paz é falsa e passageira
Mas fé em Deus Porque Ele tudo pode. Fé A esperança nunca morre né Nunca morre né
Refrão Não existe quem não alcance o amor de Deus Não existe erro que apague o amor de Deus Não existe ódio que mate o amor de Deus Não existe nada mais forte que o amor de Deus
Deus se revelou pra ele no clique da quadrada Na roupa encharcada de sangue, a fuga pela mata Latido de cachorro, barulho de sirene A sua oração versus o ódio da PM
O dia da revelação marcou sua história A mão de Deus não permitiu que virasse memória Na maca sendo levado, respiração ofegante Achando que, cada minuto, era o último instante
Admitiu o poder da cura pela fé Pois se não fosse um milagre, não estaria de pé Pra muitos não tem cabimento o que aconteceu Foi transformado de um monstro em um servo de Deus
Você foi forte, da espada provou o corte Atravessou com Deus, o vale da sombra da morte O mesmo Deus que curou o seu coração Faz mover montanhas pelo poder da oração
Posso dizer que o Deus todo poderoso Veio fazer morada, num coração criminoso Num coração criminoso
Refrão Não existe quem não alcance o amor de Deus Não existe erro que apague o amor de Deus Não existe ódio que mate o amor de Deus Não existe nada mais forte que o amor de Deus
Compositores: Adilio Silveira de Aquino (Silveira), Joao Eduardo da Costa Cavalcante (X-barao) ECAD: Obra #7131953 Fonograma #11436394