X-barão
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A Esperança Nunca Morre (Part. Silvera)

X-barão


Cristo gueto
O tempo da espera não pode matar a esperança
Barão
Silveira
Vou dizer

Ele não sonhava com dinheiro poder e nem fama
Seu maior sonho era um campão de terra e fliperama
Tá sempre envolvido no rolê da pivetada
Correndo atrás de pipa de chinelo e bermuda rasgada

Cabula aula e pula o muro da escola
Saiu na mão com a pivetada por causa da bola
Achando que a vida era uma aventura
Sorrindo quase sempre, sem ódio dor ou amargura

Sem nenhum crime, nenhum vício praticado
Sem culpa por ser pobre, nem ódio por ser favelado
Criança simples, com muito amor no coração
Sem ambição, sem noção do que era o mundão

Acreditando no que via na televisão
Pobre sem informação, candidato a ser ladrão
Sua coroa não imaginou você um marginal
Um professor talvez, um médico ou alguém normal

A correria que escolheu não tem diploma
A trilha cheira sangue
E a esperança nunca entra em coma
Nunca entra em coma

Refrão
Não existe quem não alcance o amor de Deus
Não existe erro que apague o amor de Deus
Não existe ódio que mate o amor de Deus
Não existe nada mais forte que o amor de Deus

Ei tia, olha só, seu pivete cresceu
Arrogante quer cuspir no prato que ele comeu
Seu barato agora é outro, ele vive em outro mundo
Arma, carro, artigo caro, se diz o dono do mundo

Ele assalta, sequestra, atira, faz o que pode
Pra manter a imagem e conseguir o que quer
Sangue frio, dá risada, faz da morte uma piada
Sem perceber semeia ódio em sua caminhada

Foi influência negativa pro irmão
Que não passou dos 16 na mira da destruição
Tem uma pedra no lugar do coração
Não vê o que a senhora já sofreu em porta de DP

Ontem ele foi seu sonho, hoje é pura crueldade
Cercado de vários da mesma qualidade
Ele disposição, muito ódio acesso
Diz que se for preciso, é um homicida confesso

A humildade foi tragada pela vaidade
Vive cabreiro, seu olhar só reflete maldade
Sua amizade se tornou mortal e traiçoeira
No baseado sua paz é falsa e passageira

Mas fé em Deus
Porque Ele tudo pode. Fé
A esperança nunca morre né
Nunca morre né

Refrão
Não existe quem não alcance o amor de Deus
Não existe erro que apague o amor de Deus
Não existe ódio que mate o amor de Deus
Não existe nada mais forte que o amor de Deus

Deus se revelou pra ele no clique da quadrada
Na roupa encharcada de sangue, a fuga pela mata
Latido de cachorro, barulho de sirene
A sua oração versus o ódio da PM

O dia da revelação marcou sua história
A mão de Deus não permitiu que virasse memória
Na maca sendo levado, respiração ofegante
Achando que, cada minuto, era o último instante

Admitiu o poder da cura pela fé
Pois se não fosse um milagre, não estaria de pé
Pra muitos não tem cabimento o que aconteceu
Foi transformado de um monstro em um servo de Deus

Você foi forte, da espada provou o corte
Atravessou com Deus, o vale da sombra da morte
O mesmo Deus que curou o seu coração
Faz mover montanhas pelo poder da oração

Posso dizer que o Deus
todo poderoso
Veio fazer morada, num coração criminoso
Num coração criminoso

Refrão
Não existe quem não alcance o amor de Deus
Não existe erro que apague o amor de Deus
Não existe ódio que mate o amor de Deus
Não existe nada mais forte que o amor de Deus

Compositores: Adilio Silveira de Aquino (Silveira), Joao Eduardo da Costa Cavalcante (X-barao)
ECAD: Obra #7131953 Fonograma #11436394

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