Xará e Timbaúva
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Xote Soledade

Xará e Timbaúva


Soledade, terra de gaúcho forte
Se é preciso enfrenta a morte, não liga pra tempo feio
E quando pega num laço de doze braça
Mostra que é de boa raça quando vai para rodeio

Todo momento estou lembrando com saudade
O povo de Soledade quando por lá eu passei
No meu pescoço ainda trago amarrado
Aquele lenço colorado que de presente ganhei

Indiada boa quando entra num fandango
É maragato e chimango, partido da maioria
E numa parte o lenço branco é muito usado
E na outra é o colorado e tudo vive em harmonia

Pois Soledade, posso dizer com certeza
Os teus campos tem beleza onde a boiada se expande
Eu sempre disse com a maior sinceridade
Que os campos de Soledade é o terreiro do Rio Grande

Pra Soledade eu escrevi com a minha pena
Por lá tem cada morena do rostinho encantador
Pois Soledade deixou minha alma aflita
De tanta moça bonita parece um jardim de flor

São camarada as moças de Soledade
Trata com cordialidade um gaúcho forasteiro
Por lá toquei, cantei moda e fiz barulho
Pois Soledade é o orgulho do meu torrão brasileiro

Soledade é o centro da tradição
Povo de bom coração, por lá tudo é alegria
Em cada canto de lá tem um cemitério
É só cair fora do sério dá uma morte por dia

Fiz este xote em homenagem a Soledade
Pra matar minha saudade qualquer hora eu vou aí
Adeus amigo, adeus gaúcho de coragem
Já rendi minha homenagem, adeus, vou me despedir

Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha)
ECAD: Obra #1843874 Fonograma #1061226

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