Como não sou bom de bolso tenho que ser bom de prosa Viver falando da rosa, saber cantar o amor Tenho que ser bom de verso, fazer um monte de rima Tenho que inventar um clima, qualquer coisa pra espantar a dor Como não sou bom de prata tento ser bom de parola Tocar a minha viola, ser eterno cantador Saber cheirar um cangote, ser um pote de doçura Semeador de ternura, ser balaio de fulô Te peço, fique comigo aqui na minha cabana Não te prometo ‘titica' de grana Mas o meu mais puro amor Ficando aqui terás verso e poesia Mil carinhos noite e dia E a alegria de um cabra namorador Como não sou bom de banco tenho que ser bom de cama Manter acesa a chama, ser um bom conquistador Tenho que ser bom de lero, bom de beijo e de abraço Dançar dentro do compasso, ter um peito acolhedo
Compositores: Maria da Paz Sousa (Maria Dapaz), Francisco Jose Bizerra de Carvalho (Xico Bizerra) ECAD: Obra #1516332 Fonograma #1593330