Ainda te vejo assim Vila Morena, com teu olhar açoriano Colhendo sóis de outono
Te quero Vila Morena Povoadito de campo Alma de tijolo e pedra Barro dos mananciais Caserio com suas janelas Abertas pra luz do Sol
Ainda te vejo assim Com teus velhitos campeiros Com seus mates ancestrais E ponchos acinzentados Vestindo o pelo do inverno Pelas manhãs invernais
Teus fantasmas farroupilhas Maragateiam nas rondas Por sobre melenas mouras Com presságios de guerrilha Guardando o solo sagrado De prontidão com as encilhas
Teus fantasmas farroupilhas Maragateiam nas rondas Por sobre melenas mouras Com presságios de guerrilha Guardando o solo sagrado De prontidão com as encilhas
Lembranças entardecidas Do teu olhar açoriano Colhendo sóis de outono Com a força bugra do abrigo Pra me alcançar em poemas Tudo que guardei de ti
Teus cavalos pastoriados Espreguiçando nas tardes Os maneadores compridos Revelam em cada imagem O gauchismo rural Que o campo trouxe a cidade
Teus fantasmas farroupilhas Maragateiam nas rondas Por sobre melenas mouras Com presságios de guerrilha Guardando o solo sagrado De prontidão com as encilhas
Quem sabe n'algum domingo Eu volte de novo a ti Com um poema em retorno Que juntei pelos caminhos Feito de pura saudade De pedra, de barro e de capim
Teus fantasmas farroupilhas Maragateiam nas rondas Por sobre melenas mouras Com presságios de guerrilha Guardando o solo sagrado De prontidão com as encilhas De prontidão com as encilhas De prontidão com as encilhas
Te quero Vila Morena
Compositores: Jorge Roberto Lucardo da Rosa (Roberto Lucardo), Marco Antonio Gotuzzo Antunes (Xiru Antunes), Magno Manetti ECAD: Obra #36104059