Sou macanudo, sou barbudo e cabeludo e a minha "muié" não me deixa sair sozinho tem ciúme até da sombra, diz que eu sou lindo "de mas" e não reparte com as outras nem um pingo de carinho
Rumo prum rancho num retoço, num retoço da folia buscar alegria do jeito que me convém ali o amor e prazer é um perigo por que tidos são amigos, mas ninguém é de ninguém
"Bamo que bamo, no bico dum contrapasso" metendo o laço, meta e meta que é bem bom "bamo que bamo do jeito que o véio qué" porque tu nem é "muié", é um parque de diversão
Total, as vizinhas andam falando mal de mim que sou tasqueiro e amanheço na folia dizem que eu sou chineiro e só ando atrás de resto e que sou raposa "véia" que como "quarqué" galinha me vou de novo atrás de uma china bonita dessas que grita sacudindo o recavém posso ser louco mas nunca durmo de touca e vou cavocar nessa louca, sem pagar nem um vintém.
Nesta fuzarca eu acho tudo que eu "percuro" bailo no escuro balanceando o mocotó de quando em vez, uma mona entra no laço cago de coice e mangaço maricão e gigolô não tem feitiço, reza braba ou benzedura ninguém me segura quando invento de "chiniá" bebo uma quarta de canha e Santo Antônio e faço o demônio nem dormir pra me cuida.
Compositores: Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Jorandir Pereira de Souza (Xiru Missioneiro), Jorge Antonio Trindade da Silva (Trindade Silva) ECAD: Obra #573373 Fonograma #440535