Xirú Missioneiro

Doma

Xirú Missioneiro


O potrilho nasce xucro quando o bagual se arrocina
Se apara a cola e a crina tira a cósca da virilha
Prega o xergão e a presilha pela cara do pavena
Risca de espora o ventena pra ficar bueno de encilha
Risca de espora o ventena pra ficar bueno de encilha

Pra montar não mostre medo depois de agarrar não solta
E sempre campeia a volta tendo alerta o sentido
Cavalo é bicho atrevido e se puder te derruba
Junta na espora e te gruda isto é lindo e divertido
Junta na espora e te gruda isto é lindo e divertido

Desde o primeiro galope tem que ser embaixo do laço
Fazer carinho à mangaço no lançante no rempejo
Dado pau em qualquer trecho com bagual não se faz média
Golpeia as canas da rédea pra quebrar o burco do queixo
Golpeia as canas da rédea pra quebrar o burco do queixo

Depois que estiver domado tire o bocal bote o freio
Treine o pingo pra rodeio lace boi, touro e vaca
Ensine tua parte fraca teu jeito e tua mania
E se preciso algum dia de até pra pelear de faca
E se preciso algum dia de até pra pelear de faca

Que fique trocando a orelha quando o dono está por perto
Seja uma fera no aperto e manso na revoluta
Que esteja pronto pra um upa se surgir algum cambicho
E um romance de bolicho ele carregue na garupa
E um romance de bolicho ele carregue na garupa

Que conheça toque de gaita fareje baile de rancho
E que relinche mui ancho como senhor da coxilha
Seja o pastor da tropilha, mas saiba o dono que tem
E nunca empreste a ninguém o flete de sua encilha
E nunca empreste a ninguém o flete de sua encilha

por nelson de campos

Compositor: Jorge Procopio Ferreira Guedes (Guga)
ECAD: Obra #6445267 Fonograma #1570499

Letra enviada por nelson de campos

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