Xirú Missioneiro

Nega Barrasca

Xirú Missioneiro


Nega Barrasca
(Entre coice e dentada, uma nega rinchava sentindo o
isprito do finado trançudo, intupido de amor. Atuiar
um valo e a nega a cavalo no Chico cuiúdo)

Veio da campanha uma nega barrasca
Do beiço rachado, da canela fina
Cabeça seca, cabelo agarrado
Trasero arrebitado, pedaço de china

Tchê nega barrasca tem fogo nos tento
Tem cheiro de tasca lá do barro preto
Tchê nega barrasca tem fogo nos tento
Tem cheiro de tasca lá do barro preto

(Mas que nega linda pá uma noite de pouso, tchê)

Na lida de campo, castrava e domava
Montava de em pelo em matungo aporreado
Tocava oito baixo, trovava e bebia
E a nega queria arrumá um namorado

(Nega dessas que enche uma cama, fez uma mala do
beiçudo)

No baile de rancho, lá no nego Amandio
A nega se tocou com o tal Chico cuiúdo
Tomaram umas cachaça, se deram umas dentada
E a nega safada se amasiou c?o beiçudo

(Mulata linda de lombo tchê, dessas que amanhece
fazendo só cosinha boa)

Por Nelson de Campos

Compositor: Joao Fortunato Nunes Reis (Tio Nanato)
ECAD: Obra #1327507 Fonograma #1061892

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