Dê-le tampa meu parceiro que o meu verso é mal costiado Boleei a perna no mundo num potro de queixo atado Levo a pátria nos encontro deste meu mouro entonado Tondado de cola atada de casco bem aparado
O gaúcho verdadeiro de grito não se apavora De barulho passageiro de coisas que eu ouço agora Vou sustentando o Rio Grande no papagaio da espora
Quiseram mudar o Rio Grande num canto diferenciado De um falso modernismo de duro e mal informado De calça bem apertada renegando o seu estado Pisoteando nas raízes sacudindo o rebolado
O gaúcho verdadeiro de grito não se apavora De barulho passageiro de coisas que eu ouço agora Vou sustentando o Rio Grande no papagaio da espora
Tão fazendo igual formiga come a foia e deixa o talo Negando as próprias origens que Deus me deu de regalo O Rio Grande não te admira e nem vai no teu embalo Gauchinho de mentira que tem medo de cavalo
O gaúcho verdadeiro de grito não se apavora De barulho passageiro de coisas que eu ouço agora
Gaúcho que tem tutano briga embaixo da fumaça E calça o pé na macega teque derita a carcaça Isso é dor de barriga de urbano desinformado O Rio Grande moda antiga vai muito bem obrigado
O gaúcho verdadeiro de grito não se apavora De barulho passageiro de coisas que eu ouço agora Vou sustentando o Rio Grande no papagaio da espora
(Acorda gaúcho, o RIo Grande pede atenção, volta de novo o som da gaita e do pinho porque senão os magrinho, acabam com a tradição)
por nelson de campos
Compositor: Jorandir Pereira de Souza (Xiru Missioneiro) ECAD: Obra #8566921 Fonograma #1570498