Xirú Missioneiro

Peste do Chifre

Xirú Missioneiro


Peste do Chifre

Tanto homem depois que casa sempre arruma uma filial
E esta filial sempre tem outro também
É uma chifraiada que não tem tamanho
A moda do chifre tá pegando muito bem.
É um entrevero de guampa que ninguém atura
A doença não tem cura e remédio não tem também
Ataca na cabeça e dá um revertério na cuca
Deixa a idéia maluca, chifre vai e chifre vem.

Se tu me bota guampa eu também te boto chifre
Se tu me bota chifre eu também te boto guampa
É chifrada por cornada por mais que tu não mereça
Se esquenta a cabeça acaba encircuitando as guampas.

Muitas muié logo que casa, é amor pra cá meu bem pra lá
Mais logo pega enjoa a mesma comida noite e dia
Se o macho é inteligente, faz comidas diferente
E ela acaba satisfeita com a sua companhia.
Pinguancha que casa nova sonha com rancho e família
No começo é maravilha e os tropeços vem ligeiro
Logo sente saudade dos bons tempos de solteira
E frouxa a casca bem ligeiro enfeita a testa do parceiro

Muito macho depois de véio vira a conquistador
E no cabo do amor sempre tem sua pretensão
Só pensa em dar dentada na maçã dos outros
E acaba descuidando com a que tem nas mãos.
Então escutem bem o verso que te digo
Cuidado meu amigo com este tal de Ricardão
E tem cego que entende, mas faz que não compreende
Tem dobradiça nas guampas pra poder passar em portão.

por nelson de campos

Compositor: Jorandir Pereira de Souza (Xiru Missioneiro)
ECAD: Obra #125538 Fonograma #447227

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