Xirú Missioneiro

Simplicidade

Xirú Missioneiro


As cantigas que eu tiro da goela
Pra falar dos costumes do chão
Vem de um povo que não se engambela
Com promessa e modismo padrão

Minha origem no verso se aprega
Alicerça minha inspiração
Se o meu canto vem do gauchismo
Vai saltar na cordeona o xucrismo

É o legado de amor e civismo
Que carrego no meu coração

Minha vida tem simplicidade
Porque simples é tudo que eu canto
Mas tem raça e a identidade
Do Rio Grande que eu amo tanto

Eu sou cria da terra vermelha
São Luiz Gonzaga foi onde eu nasci
E por isso minha alma se espelha
Na querência onde eu fui guri

A velhinha minha mãe me aconselha
Pra que eu viva conforme aprendi
Com amor pelo próprio talento
A verdade e em cada argumento

Escutando seus ensinamentos
Levantei cada vez que caí

Sou poeta amante de festa
Que retrata o Rio Grande antigo
Mas aquilo que pra mim não presta
Não desfaço e também não mal digo

Pois ninguém tras escrito na testa
Se é sincero ou é falso amigo

Sendo puro não faz diferença
O que canta, o que faz, o que pensa
Independe de raça ou de crença
Pra que tenha amizade comigo

Eu sou cria da terra vermelha
São Luiz Gonzaga foi onde eu nasci
E por isso minha alma se espelha
Na querência onde eu fui guri

A velhinha minha mãe me aconselha
Pra que eu viva conforme aprendi
Com amor pelo próprio talento
A verdade e em cada argumento

Escutando seus ensinamentos
Levantei cada vez que caí

(Aí está simplicidade no canto gaúcho,
deste meu pampa colorado)

Compositor: Dionisio Clarindo da Costa
ECAD: Obra #5682311 Fonograma #9962314

Letra enviada por nelson de campos

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