Lá na campanha onde eu vivo tá bem bão de morá lá Tem um povoado pertinho que é pra gente retoçá Chegou uma muié do povo e ergueu um rancho na esquina Com mais oito franga nova pra um rebuliço de china E o treis bola dono duma tipo atoa e bem imundo Borrachão e revolvero, gigolô e vagabundo Dava laço no chinedo, pregava uns tiro nos fundo E gritava pro gaitero que não parasse um segundo
( Baile véio formado mesmo que camoatim de rancho, não é tio Nanato?)
Ali pela meia noite, cantei tudo que eu sabia Soltei tudo as minha grossura e o praguedo não dormia Chamei a dona da casa pra acomodar os vivente Pra contentá esse chinedo não tem saco que aguente Despos que as tchanga se esquentam não é fácil apagá o facho Pula grita se arrebenta senta no colo dos macho Só com uns barbante nas anca e vão alumiando os capricho Num chaquaio de pelanca só de peitera e rabicho
(Tem um letreiro na porta pra atrair quem passar: Aqui se bebe e se come e também dá pra pousar Bombeei pra dentro, só florão de tropa, é aqui que eu quero ficá)
Um tendéu de china e gaita, pois nem o diabo assegura Deixe que estufe os vazio e estoure fele e fossura Pego a relampiá fundilho levando os macho à loucura E as mais feia se oferece por maços de rapadura Uma gringa pinga-fogo que se botou fora cedo Se agradou desse animal por ali deu-se o enredo Tapei a china de jóia, um anel em cada dedo E a tipa metia inveja no resto do chinaredo
(Fomo roçando os carcanhá e o estrago foi que nem porco em batatal)
Compositores: Jorandir Pereira de Souza (Xiru Missioneiro), Sadi Silveira Machado (Sadi Machado) ECAD: Obra #159782 Fonograma #441285