Sombras Perdem a forma sobrepostas em união Na penumbra Figura se distorce em escuridão
E como ela, eu também me perco na avenida Entre a luz e a conhecida imensidão E é nesse momento que eu prezo pelos poucos E os mesmos que me levantam do chão
Eu tô com uma vontade doida De encontrar com a minha sombra E perguntar o que ela sabe sobre nós
E se a saudade tomar conta Eu procuro alguma coisa Que vai fazer eu esquecer da minha voz
Quem é esse no espelho? Eu não sei quem é
Tem uns filmes na garagem Cê não sabe quem que é
Essas fotos são de outro São de um cara qualquer
Não reconheço nem um pouco Cadê o rosto, quem que é? O retrato se perdeu no flash
E agora eu vejo que não entendo o que eu penso No velho espelho, eu já não me reconheço mais
E todo tempo que eu passei me remoendo Eu devia ter passado trocando canais
Ouvi dizer que a vida é mais que se acredita Tem tanta tanta coisa tão bonita
Enquanto a gente busca outra pessoa A nossa sombra grita e isso ecoa
Por isso nada nem ninguém vai tapar o furo que cê tem Você mesmo carece de atenção E é essa autoestima que me leva por caminhos Sem sentido, só perdido, sem um chão
Eu tô com uma vontade doida De encontrar com a minha sombra E perguntar o que ela sabe sobre nós
E se a saudade tomar conta Eu procuro alguma coisa Que vai fazer eu esquecer da minha voz
Então eu deixo que minha sombra responda tudo Que alguém quer de mim Que me encontre um novo rosto onde eu nunca vi
E eu só peço que essa onda me leve bem pra longe disso aqui Onde as sombras não me busquem Onde eu possa sorrir
Então eu deixo que minha sombra responda tudo Que alguém quer de mim Que me encontre um novo rosto onde eu nunca vi
E eu só peço que essa onda me leve bem pra longe disso aqui Onde as sombras não me busquem Onde eu possa sorrir
Compositores: Victor Barcellos Schiavon, Hakuro ECAD: Obra #47706187