Eu comprei um potro preto, pus o nome de trovão Criado no Espraiadinho Na cidade de Pardinho Comprei na festa do peão Adomei bem no capricho, deixei com rédeas no chão Bem cedo ao clarear do dia Lá na raia da bacia Eu treinava todo dia Fiz do potro um campeão
Eu tratei uma carreira com puro sangue alazão Naquele esperado dia O povo reunia Pra ver a competição Tirei três corpo na frente, quase morri de emoção O potro preto ganhou Muito dinheiro rolou Veio alguém e me beijou Lá no meio da multidão
Morena cor de canela, cabelo cor de carvão Seus olhos me acompanhava Como estrela que brilhava Em noites de escuridão O corpo da moreninha é igualzinho meu violão Aquela linda mocinha Contou-me daonde vinha Sou filha de Ferreirinha Morreu na lida de peão
Casei-me com a morena dona do meu coração Hoje ue tenho um sitiozinho Ali perto de Pardinho Cinquenta alqueres de chão Moro num lugar que eu gosto que sempre tive intenção Entre meio Espraiadinho E a cidade de Pardinho Na terra do carreirinho Lugar de violeiro bão
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Jose Pinto de Carvalho (Ze Procopio) ECAD: Obra #5418933 Fonograma #1904322