Zé Carreiro e Carreirinho

Triste Desengano

Zé Carreiro e Carreirinho


Sou velho mas ainda tenho, recordação do passado
Do tempo da mocidade, sempre deve ser lembrado
Eu amei uma menina, e juntos fomos criados
Eu ganhei seu coração, o meu já tinha lhe dado
Quando nós dois se encontrava
Que alegria se abraçava
Dando suspiro trocados

O cantar do sabiá, foi o que me entristeceu
Recordei daquela aldeia, onde o nosso amor nasceu
E depois de um certo tempo, não sei o que aconteceu
Fiquei sem minha querida, que um tempo me pertenceu
Antes preferia a morte
Que ter essa triste sorte
Que não me favoreceu

Quem tem amor e perdeu, não deve fazer mais planos
Deixei dos divertimento, meus cabelos então branqueando
Eu amei essa menina, na idade de 15 anos
Tão criança conheci, como é triste um desengano
Nesse peito dolorido
Dos golpes que tem sofrido
Esse foi o mais tirano

Então eu fiz essa moda, do cantar dos passarinhos
Primeiro eu fiz a toada, pra depois fazer os versinhos
Pra minha prenda adorada, comecei cantar baixinho
Não procurei companheiro, por isso eu tenho o meu pinho
A moda de um triste assunto
Não adianta cantar junto
Prefiro sofrer sozinho

Hoje eu tive essa lembrança, por ser um bom trovador
No meio desses versinhos, escolhi os de mais valor
Dois eu mandei de presente, pra minha querida flor
Um verso leva saudade, o outro vai pedir um favor
É pra ver minha querida, lembrança da nossa vida
Saudade do nosso amor

Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho)
ECAD: Obra #2468456 Fonograma #1659879

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