Sou velho mas ainda tenho, recordação do passado Do tempo da mocidade, sempre deve ser lembrado Eu amei uma menina, e juntos fomos criados Eu ganhei seu coração, o meu já tinha lhe dado Quando nós dois se encontrava Que alegria se abraçava Dando suspiro trocados
O cantar do sabiá, foi o que me entristeceu Recordei daquela aldeia, onde o nosso amor nasceu E depois de um certo tempo, não sei o que aconteceu Fiquei sem minha querida, que um tempo me pertenceu Antes preferia a morte Que ter essa triste sorte Que não me favoreceu
Quem tem amor e perdeu, não deve fazer mais planos Deixei dos divertimento, meus cabelos então branqueando Eu amei essa menina, na idade de 15 anos Tão criança conheci, como é triste um desengano Nesse peito dolorido Dos golpes que tem sofrido Esse foi o mais tirano
Então eu fiz essa moda, do cantar dos passarinhos Primeiro eu fiz a toada, pra depois fazer os versinhos Pra minha prenda adorada, comecei cantar baixinho Não procurei companheiro, por isso eu tenho o meu pinho A moda de um triste assunto Não adianta cantar junto Prefiro sofrer sozinho
Hoje eu tive essa lembrança, por ser um bom trovador No meio desses versinhos, escolhi os de mais valor Dois eu mandei de presente, pra minha querida flor Um verso leva saudade, o outro vai pedir um favor É pra ver minha querida, lembrança da nossa vida Saudade do nosso amor
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) ECAD: Obra #2468456 Fonograma #1659879