Por eu ter noticia de um bom cantador De uma linda moça do nosso interior Pediu que eu cantasse ao menos por favor Nem que fosse uns versos dos mais inferior Respondi pra ela eu não sou professor Tudo quanto eu canto tem pouco valor Mas meus versos serve pra acalmar a dor De um peito que sofre ingratidão de amor
Afinal de contas fiz o seu mandato Cantei um versinho muito bem cantado Ela agradeceu com muitos agrados Eu fiquei contente, fiquei obrigado Cantei um versinho do cabelo ondeado Ela também tinha cabelo cacheado Deu cinco suspiro e me chamou de lado Perguntou se eu era solteiro ou casado
Por isso que eu digo que um rapaz solteiro Pra gozar a vida deve ser violeiro Viajar embarcado sem gastar dinheiro Se quer namorada tem até o mieiro Entrar no salão com os olhos morteiro O cantar sereno de dois companheiro Na mais bonitinha bate um desespero Da meia noite em diante ta no cativeiro
Menina menina você se apiriga Deixe de bobagem largue mão de intriga Casar com violeiro é pra viver de briga Você se aborrece da própria cantiga Pra larga não pode porque Deus castiga Pois eu sou violeiro e não faz mal o que eu diga Tome meus conselhos avise suas amigas Que toque de voila não enche a barriga
Eu falo a verdade não intimação Nas festas que eu pego a viola na mão Canto alguma moda é por inclinação Toco na durina responde o bordão Dois peitos sereno dentro de um salão Já vê as morena mudar de feição Porque meus versinho dói no coração Quem sofre nervosa O que acontece companheiro? Morre de paixão
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Lucio Rodrigues de Souza (Ze Carreiro) ECAD: Obra #108380 Fonograma #1656319